O Conselho Regional de Serviço Social 18a. Região – Sergipe (CRESS/SE) vem a público manifestar seu pesar pelo falecimento da ex-primeira-dama do Brasil, Marisa Letícia Lula da Silva, que foi vítima de um Acidente Vascular Cerebral hemorrágico há 10 dias ao passo que presta sua solidariedade aos familiares e amigos de Marisa, em especial ao ex-presidente Lula, que com ela conviveu por mais de 40 anos.
A vida de Marisa Letícia foi marcada por inúmeras dificuldades e representa a força e a resistência ante a pobreza, a exploração, a violência e as opressões cotidianas para a maior parte da população brasileira, sobretudo para as mulheres. Marisa nasceu numa casa de chão de terra batida e pau-a-pique, numa família de agricultores com 12 filhos. Diante da pobreza, foi empurrada aos nove anos para o trabalho infantil, quando foi ser babá de três crianças e, aos 13, foi obrigada a deixar a escola quando cursava a 7a. série para ser operária na fábrica de chocolates Dulcora. Casou-se aos 19 anos e, seis meses depois, seu primeiro companheiro, o caminhoneiro Marcos Cláudio dos Santos, foi assassinado num assalto quando trabalhava no táxi do pai, deixando-a grávida de quatro meses. Mãe solteira e viúva, Marisa permaneceu resistindo.
Sua trajetória se encontra com a de Lula em 73 e a partir daí uma parceria na vida pessoal e política se firma. Sempre ao lado do companheiro, acompanhando as ações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista, Marisa foi fundamental para a fundação do Partido dos Trabalhadores, resistiu ao lado de Lula à perseguição política durante a ditadura militar e ajudou a articular outras mulheres para a resistência ao regime autoritário. Ao longo desses mais de 40 anos, Marisa Letícia foi incansável militante em defesa das causas sociais e populares, nunca tendo se afastado da sua origem humilde e operária, nem da luta do povo brasileiro contra as desigualdades e a opressão.
A morte de Dona Marisa é simbólica e acontece num momento em que ela, Lula e seus familiares sofrem com as pressões e acusações infundadas e sem provas à família Lula da Silva, com o objetivo de macular a imagem do ex-presidente. Diante da ampla perseguição contra a esquerda brasileira e, sobretudo, ao Partido dos Trabalhadores, Marisa se torna hoje símbolo da resistência ao ódio de classe, ao fascismo que tenta invadir o Brasil, à mentira e à injustiça social.
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Aracaju, 02 de fevereiro de 2017
Conselho Regional de Serviço Social 18a. Região – Sergipe
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