Além de ameaçar a democracia, ainda frágil no Brasil, o governo interino de Michel Temer conseguiu, em menos de um mês, golpear sucessivamente a classe trabalhadora e a população mais vulnerável do pais, atacando direitos dos trabalhadores, retirando e ameaçando diversos direitos sociais conquistados na história democrática recente do país, a exemplo de:
– Anúncio do fechamento do Ministério da Previdência;
– Extinção de ministérios ligados a áreas sociais, como Mulheres, Direitos Humanos, Igualdade Racial e Desenvolvimento Agrário, mostrando que não haverá prioridade de políticas voltadas para a defesa dos direitos humanos e promoção das minorias sociais;
– Descumprimento da CLT;
– Terceirização das atividades fim em todo o setor público;
– Desvinculação do percentual mínimo de investimentos do governo federal em saúde e educação;
– Restrição ao acesso à Educação, com a redução do Prouni, Fies e Pronatec e com a privatização do ensino;
– Redução do Sistema Única do Saúde (SUS),
– Desmonte do Sistema Único de Assistência Social (SUAS),
– Desmantelo da política de habitação, com a suspensão de contratos e redução de recursos para o programa Minha Casa Minha Vida,
Essa enxurrada de retrocessos afeta duplamente nós, assistentes sociais. Seja na nossa condição de trabalhador que atua justamente nas políticas sociais que estão sob grave ameaça, seja na condição de cidadão. Por isso, o CRESS/SE convida a categoria a se somar com os demais trabalhadores para resistir a esse desmonte das políticas sociais.
A população irá às ruas em todo o Brasil hoje, 10, para dizer não a este governo golpista. Em Sergipe, o ato acontece a partir das 15 horas, na Pça General Valadão, Centro de Aracaju. O CRESS/SE Convida todos os assistentes sociais para participar da manifestação e seguir em luta contra o desmantelo das políticas públicas, contra o retrocesso e em defesa da democracia.
A manifestação é realizada pela Frente Sergipana Brasil Popular, que congrega organizações sociais, sindicais, partidos políticos de esquerda e frentes de militantes, a exemplo dos coletivos Arte Abraça a Democracia, Advogados pela democracia eMulheres pela Legalidade.
