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CRESS Sergipe participa de encontro de pesquisa na UFS

O CRESS Sergipe esteve presente no Encontro de Pesquisa: Conhecimento para que e para quem?”, representado pela presidente do regional, Edlaine Sena, e dos conselheiros Susana Rezende, Dilea Lucas de Carvalho e Helenilton Dantas. Promovido pelo Realizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Questão Social, Trabalho e Movimentos Sociais (GETEQ), com o apoio do CRESS Sergipe e do Centro Acadêmico de Serviço Social da UFS (Cassmaga), o evento reuniu docentes e discentes, além de profissionais de serviço social.

 

Durante a mesa de abertura, a coordenadora da Comissão de Formação Profissional do CRESS Sergipe, Susana Rezende, agradeceu em nome do regional pelo convite e oportunidade de se fazer parceiro do GETEQ e assim poder participar de momentos  de fomento à formação profissional de qualidade. “O CRESS Sergipe tem buscado fortalecer as parcerias com as instituições de ensino, grupos de pesquisa, de modo a aprofundar as discussões que perpassam pelo exercício da profissão, principalmente em um momento marcado pelo retrocesso nas políticas públicas, espaços de atuação profissional dos Assistentes Sociais”, destacou Susana.

 

Durante o evento, a doutora em educação e  ex-conselheira do CRESS Sergipe, Magaly Nunes de Góis, ministrou a palestra “Participação e controle social dos movimentos sociais e sindicais na educação do campo: um estudo no estado de Sergipe”, baseada na sua tese de doutoramento na UFS.

 

Após traçar um histórico das políticas públicas, em especial de educação, Magaly criticou o modelo de educação bancária, baseada nos interesses do capital internacional, marcado pela privatização e que prioriza a cidade em detrimento da vida rural.

 

“Uma das lutas dos movimentos sociais agrários é que o estado promova educação para que o jovem e o trabalhador rural não deixe o campo, mas para melhorar o próprio campo e para construir uma nova realidade e uma nova imagem da zona rural. Temos programas isolados, tanto em Sergipe, quanto no Brasil, e não uma política, de fato, de educação do campo”, criticou, explicando que a noção de educação rural é uma perspectiva hegemônica, enquanto a ideia de educação do campo é contra hegemônica.

 

Ao apontar que a primeira experiência de educação no campo foi em 1998, o Pronera – experiência nacional, baseada no trabalho que já era desenvolvido na UFS em parceria com o MST – Magaly apresentou um verdadeiro histórico de programas e projetos federais voltados para educação rural.

 

Magaly lamentou profundamente o fechamento das escolas rurais no Brasil e em Sergipe. “Nos últimos cinco anos, 290 escolas rurais em Sergipe. Este é um dado perverso da negação da educação aos trabalhadores e trabalhadoras do campo. Este é um profundo retrocesso”. Como outros desafios, ela apontou o avanço assustador do agronegócio, o refluxo da luta pela reforma agrária, o crescimento do conservadorismo e a institucionalização da Educação do campo, distante da realidade é das necessidades da população do campo.

 

 

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