O Conselho Regional de Serviço Social 18ª Região (CRESS Sergipe) realizou visita de fiscalização no Hospital Regional João Alves Filho, em Nossa Senhora da Glória, nesta sexta-feira (4), para apurar a denúncia de violência praticada contra assistente social. A visita foi realizada pela presidente do Conselho, Dora Rosa Horlacher; pelo advogado da Assessoria Jurídica do CRESS, Silvio Eduardo; e pela agente fiscal Roberta Kelly.
Durante a visita, a equipe do CRESS acompanhou todo o caso de agressão registrado nas dependências do Hospital, na última segunda-feira (31), contra uma assistente social da unidade.
A presidente do Regional procurou os gestores responsáveis pelo hospital e conversou com a coordenadora assistencial, Lais Maria, e o coordenador administrativo do hospital, Djalmo Alves, para saber quais as providências tomadas no respectivo caso. Também ouviu as profissionais presentes na unidade hospitalar no momento da visita, as assistentes sociais Monique Lima da Silva e Natália Alves Rodrigues.
Segundo a presidente Dora Rosa, a equipe do Regional ouviu todo o relato com relação à agressão contra uma das profissionais. “Fomos informados que a assistente social foi agredida por uma parente de uma paciente que já estava com acompanhante e queria realizar uma visita. Mas as visitas estavam suspensas e a troca de acompanhante só poderia ocorrer depois de 24 horas. Não satisfeita, a parente começou a agredir verbalmente a profissional e depois a agrediu fisicamente. A profissional prestou boletim de ocorrência sobre o ocorrido e está afastada do trabalho por recomendação médica. O Hospital acionou a polícia, que esteve no local, e conversou com a agressora”, disse a presidente, acrescentando que desde que o CRESS soube do ocorrido, manteve contato com a profissional para prestar toda assessoria jurídica.
A agente fiscal Roberta constatou que para o tamanho do Hospital e dos serviços oferecidos, a segurança do local é insuficiente. “Há somente um segurança e um porteiro para todo o Hospital que realiza cerca de 400 atendimentos diários e 6 mil por mês, e não há câmeras de segurança. Outra constatação é que não há controle de entrada e saída de acompanhantes dos pacientes internados e não tem protocolo de fluxo de atendimento”, explicou a agente fiscal.
De acordo com as profissionais de Serviço Social, não é a primeira vez que ocorre violência contra as profissionais. Ao final da visita, elas agradeceram o apoio e atenção do CRESS-SE.
Visita à Delegacia de Glória
Após ouvir todo o relato, a equipe do CRESS se dirigiu até a Delegacia Regional de Glória para saber o andamento da situação do Boletim de Ocorrência registrado pela profissional.
Segundo o assessor jurídico do CRESS, que conversou com o delegado de plantão, é importante acompanhar todo o caso para que o CRESS possa dar todo suporte necessário à assistente social.
Após as visitas, o CRESS irá se reunir para definir as próximas providências a serem tomadas, para que esse caso não se repita. Nos próximos dias, o CRESS estará solicitando uma audiência com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), para relatar a questão e pedir providências.