Foram dois dias de intensos debates acerca da formação e do exercício profissional durante a oficina realizada pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), com o apoio do Conselho Regional de Serviço Social 18a. Região – Sergipe (CRESS/SE), nesta quinta e sexta-feira, 3 e 4 de novembro, na sede cultural do Sindijus.
A atividade integra o projeto ABEPSS Itinerante, que já percorreu quase todos os Estados brasileiros realizando oficinas similares à que ocorreu em Sergipe. Realizado desde 2012, o projeto está em sua terceira edição como o temática “Fundamentos do Serviço Social em Debate: Formação e Trabalho Profissional”, sempre com o objetivo de promover a educação permanente de docentes, discentes, supervisores de campo e acadêmicos na área do serviço social.
“O CRESS é um parceiro histórico da ABEPSS, e não poderia deixar de apoiar esta ação da associação, pois além de fortalecer os vínculos entre as duas entidades, compreendemos a necessidade de se debater as temáticas escolhidas para a oficina”, destacou a presidente do CRESS Sergipe, Itanamara Guedes, lembrando que em 2016 completa-se 20 anos da aprovação das Diretrizes Curriculares, que regulamentam os currículos de todos os cursos de Serviço Social no Brasil.
Debate a partir da realidade concreta
De acordo com a representante da ABEPSS, Camila Alves Duarte, o projeto surgiu a partir da necessidade de acompanhar melhor as UFA’s (Unidade de Formação Acadêmica) no processo da formação profissional. “Então, corajosamente, a ABEPSS propôs o projeto”, contou.
Ela explicou que ao longo das três edições, o ABEPSS Itinerante foi sendo adequado à realidade dos profissionais e às condições objetivas de realização. “Em 2012, o projeto tratou exclusivamente das diretrizes curriculares. O estágio supervisionado foi tema da segunda oficina, e agora estão sendo abordados os Fundamentos Sócio Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social no que diz respeito ao trabalho e à formação profissional”, explicou.
Para Camila, por ter conseguido reunir profissionais de espaços sociocupacionais diversos, a oficina conseguiu trazer à tona debates a partir da práxis, considerando realidade profissional dos assistentes sociais presentes. “Essa diversidade nos traz uma reflexão a partir da realidade concreta para entendermos como iremos construir as próximas demandas e ações a partir da realidade apresentada pelos presentes”, destacou.