A fim de prestar sua solidariedade aos professores e professoras de Sergipe, o Conselho Regional de Serviço Social 18a Região – Sergipe (CRESS/SE) visitou a ocupação dos educadores da rede estadual. Na noite da última quarta-feira, 27, a presidente do CRESS/SE, Itanamara Guedes, esteve no local e manhã desta quinta-feira, 28, quem visitou o espaço foi a conselheira Magaly Nunes de Gois.
A categoria ocupa desde a manhã de ontem, o Palácio dos Despachos a fim de garantir o diálogo com o Secretário de Estado da Educação, Jorge Carvalho, e com o Governador do Estado, Jackson Barreto. Diversos professores estão algemados na entrada do prédio.
Em greve há 10 dias, a categoria luta por melhores condições de trabalho, incluindo as condições físicas das escolas, qualidade da merenda escolar, falta de professores em sala de aula, ausência de livros didáticos e material. Eles também estão em greve para se manifestar contra a entrega das matrículas da rede estadual para as prefeituras, o que gerará perda de recursos para a educação pública estadual e pelo cumprimento da Lei 11.738/2008, com o pagamento do piso salarial para todos os professores na carreira.
“Entendemos que a luta dos professores é a luta dos trabalhadores e, portanto, é também dos assistentes sociais e de todas as categorias” defendeu Magaly Nunes de Gois. Além de visitar para oferecer sua solidariedade, o CRESS/SE emitiu uma nota de apoio aos professores e de repúdio ao Governo de Sergipe e ao Tribunal de Justiça, que decretou a ilegalidade da greve.
Mesmo com a decisão que prejudica os professores e professoras tomada pelo TJSE de decretar a ilegalidade da greve, a categoria permanece em luta e decidiu manter a paralisação por tempo indeterminado, até que suas reivindicações sejam acatadas pelo Governo do Estado.
“Declarar a greve ilegal sem reconhecer a ilegalidade da falta de pagamento do piso dos professores, sem reconhecer que as condições de trabalho dos professores são impraticáveis e ilegais, por contrariar o a Lei que regulamenta o Plano Nacional da Educação, apenas demonstra que a Justiça Sergipana tem lado e esse lado não é o do trabalhador”, defendeu a presidente do CRESS, Itanamara Guedes.