Representando o Conselho Regional de Serviço Social 18ª Região (CRESS Sergipe), a presidente Dora Rosa Horlacher e o conselheiro Aloísio Júnior participaram da 2ª Assembleia do Colegiado Estadual dos Gestores Municipais de Assistência Social de Sergipe (Coegemas-SE) de 2021, nesta terça-feira (21).
O evento foi realizado na Faculdade Ages em Lagarto. Participaram da mesa de abertura, a presidente do CRESS, Dora Rosa; o vice-presidente do CRESS e presidente do Conselho Municipal de Assistência Social de Lagarto, Wallison Hipólito; o presidente do Coegemas-SE, Valdiosmar Vieira; a representante da Secretaria de Estado de Assistência Social, Fernanda Herminia; e o coordenador de Gestão/SNAS, Becchara Miranda. Também participou do evento, o conselheiro e secretário municipal de Assistência Social de Nossa Senhora de Lourdes, Ricardo Marques.
No período da manhã, o evento contou com uma Oficina sobre os Planos Municipais de Assistência Social e no período da tarde, realizou um Ciclo de debate sobre a Lei 14.176/2021 que altera os critérios de acesso ao BPC e dispõe sobre o auxílio inclusão.
Durante a sua fala, a presidente do CRESS-SE, Dora Rosa Horlacher, ratificou a importância da valorização e qualificação dos trabalhadores do SUAS, que deve se dar através do concurso e da melhoria salarial. “São profissionais de uma política essencial, que não saíram da linha de frente em nenhum momento durante a pandemia, mas que na prática não tem sido dada importância a essa política. Exemplo disso foi a luta pela vacinação dos/as trabalhadores/as do SUAS aqui em Sergipe que estavam lidando diretamente com as pessoas vulneráveis, mas não foram priorizados”, afirmou Dora, acrescentando ainda sobre a questão orçamentária que sofreu sucessivos cortes e enfatizando a necessidade de diálogo para priorizar o SUAS e os/as profissionais que cuidam das pessoas em situação de vulnerabilidade.
Segundo o conselheiro do CRESS-SE, Aloísio Júnior, as assembleias são importantes para fortalecer o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e para que os gestores se apropriem cada vez mais da política de assistência. “A primeira pauta foi importante para discutir a necessidade de planejamento da política de assistência, feita através dos planos municipais, com duração de 4 anos para execução. Essa primeira mesa passou orientações sobre a importância dos municípios terem o plano municipal atualizado e o fundo municipal de assistência social”, disse o conselheiro, acrescentando que esse é o primeiro ano de gestão municipal que muitos secretários estão iniciando e, por isso, a importância desses encontros de fortalecimento da política de assistência.
O CRESS aproveitou que estavam presentes gestores representando 70 municípios sergipanos e o representante da Secretaria Nacional de Assistência para solicitar o apoio na valorização desses/as profissionais na discussão municipal em torno da necessidade de realização de concurso e também da valorização salarial. “O gestor exerce um papel fundamental como intermediador nas questões que se apresentam nesse espaço de política e de conflitos, que exige também a interlocução com outros profissionais”, pontuou a presidente, reforçando que os profissionais de Serviço Social atuam diretamente nas questões sociais como desemprego, violência, pobreza e discriminação de gênero.
“Esse trabalho tem que ser valorizado. O/a assistente social na contemporaneidade é um profissional que viabiliza os direitos através das políticas públicas. O CRESS, em todo espaço que estiver, vai fazer a defesa dos trabalhadores do SUAS, mais de perto da categoria de Serviço Social ao qual o Conselho representa”, disse Dora Rosa.
Para finalizar, a presidente destacou ainda a preocupação com as alterações do BPC, através da Lei 14.176/21, que altera a Lei 8.742/93. “É necessário discutir as alterações que ocorreram porque só temos visto prejuízos para a população usuária dessa política”.