A Tribuna Livre desta segunda-feira, 17/05, da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) foi ocupada pela presidente do Conselho Regional de Assistência Social (Cress), Lizandra Oliveira, que na ocasião, lembrou o Dia do Assistente Social, comemorado no último dia 15 de maio. Em seu discurso, Lizandra ressaltou a importância do papel do profissional e destacou luta da categoria por melhorias salariais e condições de trabalho.
“Ainda que tenhamos mais de 50 anos de regulamentação, são poucas as pessoas que entendem o a função do assistente social, cujo principal papel é trabalhar a sociabilidade de maneira igualitária e pacificadora, em prol daqueles menos favorecidos”, explicou Lizandra.
Ainda em seu pronunciamento, Lizandra destacou a tramitação no Congresso Nacional de dois projetos que favorecem os assistentes sociais. “O primeiro projeto dispõe sobre o estabelecimento de uma carga horária de 30 horas para os profissionais. Esta já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e agora tramita no Senado. Já o segundo projeto estabelece a um piso salarial para a categoria”, disse a vice-presidente do Conselho Regional de Assistência Social.
Segundo Lizandra, a aprovação dos dois projetos é de suma importância para os profissionais da Assistência Social, visto que atualmente sofrem com uma extensa carga horária de trabalho e baixa remuneração. “Em todo o Brasil, há disparidades salariais e os salários não satisfazem diante da longa jornada de trabalho. Em Aracaju, além dessa situação, os assistentes sociais não têm as condições mínimas para a prestação de serviços à sociedade. Sempre ocupamos espaços públicos das comunidades de maneira adaptada, o que impossibilita a realização de um trabalho de qualidade “, afirmou Lizandra.
A coordenadora do curso de Serviço Social da Universidade Tiradentes (Unit), Miraci Correia, também fez uso da palavra e destacou a necessidade de se construir um terreno fértil para a chegada dos novos profissionais ao mercado de trabalho. “Aqui em Sergipe, temos quatro universidades que oferecem o curso de Serviço Social. Somente na Unit são formados mais de 300 profissionais por ano. Por isso é necessária a realização de concursos públicos e a regulamentação da jornada de trabalho e remuneração, para que eles possam desenvolver suas atividades de maneira ética e com qualidade”, disse Miraci.
Os vereadores Elber Batalha (PSB), Rosângela Santana (PT), Moritos Matos (PDT), Danilo Segundo (PSB), Valdir Santos (PTdoB) e Magal da Pastoral (PT) parabenizaram as convidadas por suas respectivas explanações e expressaram apoio à luta da categoria. “Dia como esses nos permite refletir sobre a profissão e buscar ações que possibilitem o melhor para a categoria. Concordo com o estabelecimento do piso salarial para vocês, sei como é a luta, pois a minha classe conseguiu recentemente vencer essa luta. Os assistentes sociais merecem avançar na construção desse projeto para que não fiquem à mercê das políticas assistencialistas dos municípios”, declarou Rosângela.
Fonte: CMA