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Palmas sedia o 41º Encontro Nacional CFESS-CRESS

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Desde a última quinta-feira, 6 de setembro, ocorre em Palmas (TO) o 41º Encontro Nacional CFESS-CRESS. O evento é o maior espaço deliberativo da categoria, pois reúne os/as conselheiros/as e assistentes sociais de base eleitos/as nas assembleias regionais em todo o país, e define a intensa agenda de ações para o Conjunto CFESS-CRESS realizar até 2013.

A mesa de abertura, composta pela ENESSO, ABEPSS, CRESS-TO e CFESS, destacou a importância do espaço para o fortalecimento e reafirmação do Projeto Ético-político profissional e para organização coletiva da categoria. Logo em seguida, a chamada das delegações de todos os estados ocorreu ao som do grupo Tambores de Tocantins, que emocionou os/as participantes, com músicas típicas de cada região.

O primeiro dia de evento contou também com a conferência “No mundo de desigualdade, toda violação de direito é violência”, tema da campanha que o CFESS lançou ao final do Seminário Nacional de Serviço Social e Direitos Humanos.

O assistente social e professor da Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita (Unesp/Franca), José Fernando Siqueira, afirmou que, no contexto de absoluta precarização de condições de trabalho, falar de direitos é fundamental e obrigação da categoria. “A crítica hoje por direitos é radicalmente contra o capitalismo e isso baliza nosso Projeto Ético-político. Se perdemos isso, a gente perde nosso propósito”, defendeu. Siqueira disse também que é preciso deixar claro sempre que direitos o Serviço Social defende e sobre qual ponto de vista. “Insisto nisso porque corremos o risco de, se não esclarecemos o que queremos dizer com emancipação, projeto ético-político e defesa de direitos, vamos nos perder no emaranhado mundo do cidadão abstrato”, provocou. Para finalizar, o assistente social ressaltou que nos marcos da sociedade capitalista não é possível alcançar a emancipação humana.

A presidente do CFESS, Sâmya Rodrigues Ramos, fez um histórico do debate dos direitos humanos no Serviço Social, apontando a década de 90 como um momento marcante para essa discussão. Segundo Sâmya, a luta por direitos não é fim, mas uma mediação estratégica para a defesa de uma outra sociabilidade, livre de todas as formas de exploração e de opressão humana. A presidente do CFESS destacou as campanhas como iniciativas do Conjunto CFESS-CRESS no campo da ética e direitos humanos e enfatizou mais uma vez o pré-lançamento da campanha de Gestão 2011-2014, que traz o apelo “Sem movimento não há liberdade”. Analisou, também, as concepções de desigualdade, direitos e violência que fundamentam a campanha desta gestão. Finalizou, abordando as expressões da violação de direitos no Brasil e a resistência coletiva dos movimentos coletivos que lutam contra a violação de direitos.

A proposta é sensibilizar a categoria e a sociedade para o debate sobre as múltiplas violações de direitos que atingem a população no país. “Quando definimos que o eixo que nortearia a campanha seria ‘No mundo de desigualdade, toda violação de direitos é violência’, nos posicionamos publicamente contra o projeto desumanizador do capital e conclamamos os/as assistentes sociais e a população a seguirem em movimentos contra barbárie capitalista, em busca de liberdade”, explicou. A campanha “Sem movimento não há liberdade” estará oficialmente nas ruas em novembro, e contará com um material extenso de divulgação, incluindo vídeo, spot para rádio, ações em redes sociais entre outras.

Desafios do Conjunto CFESS-CRESS em pauta no segundo dia

A mesa-redonda “o trabalho profissional frente à crise do capital: desafios do Conjunto CFESS-CRESS” deu início às atividades desta sexta-feira (7) no 41º Encontro Nacional.

Primeira a falar, a assistente social e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Yolanda Guerra, afirmou que a categoria de assistentes sociais possui uma construção coletiva, o que fica comprovado com a presença maciça de integrantes das entidades representativas da categoria nesse Encontro. A professora também falou que “é preciso entender o espírito de uma época, concepção a partir da qual é que iremos compreender nossa época, nosso modo de pensar e agir e construir estratégias coletivas de enfrentamento à lógica do capital”, explicou a docente.

Yolanda Guerra também citou as diversas publicações do CFESS, que tratam de subsídios para atuação de assistentes sociais em diversas áreas, bem como os seminários temáticos e eventos de capacitação promovidos pelo Conselho Federal, o que considerou de “fundamental importância para a garantia de nossa construção ético-política, no sentido da elaboração de respostas concretas para problemas concretos: precarização da formação e do trabalho, falta de condições éticas e técnicas, isso no contexto da crise capitalista em que vivemos”.

Para dialogar com Yolanda, a conselheira do CFESS Esther Lemos  compôs a mesa, afirmando que “continuamos em tempo de luta e resistência. Seguimos aprendendo com esse tempo, em que temos tantos desafios, mas construindo estratégias coletivas, dentro de uma categoria que não foge da luta no contexto da crise do capital”, disse a conselheira.

Segundo ela, é fundamental a preservação do patrimônio intelectual do Serviço Social brasileiro, que é fruto do investimento em pesquisa por gerações antecessoras de profissionais. “Isso é essencial para a análise e o entendimento do trabalho profissional do/a assistente social e de sua relação com as dificuldades impostas pelo capital, que incidem nas relações entre Estado e Sociedade, nas expressões da questão social, com as quais lidamos cotidianamente”, observou a conselheira do CFESS.

Esther Lemos retomou as reflexões contidas no documento “Sobre a incompatibilidade entre graduação à distância e Serviço Social”. “A descoberta de nossa área como um nicho de mercado possibilitou a construção de uma formação distinta da que defendemos. Queremos uma formação não mercantilizada, direcionada pelas diretrizes curriculares da Abepss, pelos princípios e valores expressos no código de ética profissional”, manifestou.

A conselheira do CFESS também registrou que o Conjunto CFESS-CRESS, com contribuições da Abepss e da Enesso, concluiu neste mês a Política de Educação Permanente. “É tempo de organizar a luta e fortalecer a resistência!”, finalizou.

Ainda no dia 7, começou a análise e a votação das propostas de deliberações que nortearão a direção política das ações do Conjunto CFESS-CRESS no próximo ano. Os dois primeiros eixos foram o da Formação Profissional/Relações Internacionais e o Administrativo-financeiro. Os debates prosseguiram neste sábado (8), com os eixos Seguridade Social , Ética e Direitos Humanos , Fiscalização Profissional e Comunicação. O 41º Encontro Nacional CFESS-CRESS termina neste domingo, 9 de setembro.

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