No Dia da Visibilidade Trans, o Conselho Regional de Serviço Social 18a. Região – Sergipe (CRESS/SE) saúda todos os militantes que lutam em defesa dos direitos desta parcela da população e se solidariza com todos/as transexuais e transgêneros, que vivenciam, cotidianamente as mais diversas formas de discriminação.
Além do intenso preconceito no campo cultural e da marginalização sofrida, a população trans sente na pele a discriminação em diversos outros campos: dificuldade de acesso e permanência nos espaços de educação, poucas oportunidades no mercado de trabalho, dificuldade de acesso aos serviços de saúde, entre outros.
A violência – seja ela física, psicológica ou simbólica – é uma constante na vida da maior parte dos transexuais e transgêneros. O Brasil é o país que mais mata transexuais e transgênero no mundo. Somente entre janeiro de 2008 e março de 2014, foram mais de 600 mortes, de acordo com o relatório divulgado pela ONG Transgender Europe (TGEU).
Os assistentes sociais têm como princípio norteador de sua prática profissional a defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo. Segundo assegura o Código de Ética da categoria, em seu princípio VI, os/as assistentes sociais se empenhem devem se empenhar na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças.
Num momento em que cresce no país uma onda de conservadorismo e fascismo, que vitima entre outros segmentos sociais a população trans, o CRESS/SE reafirma seu papel de defensor dos princípios éticos profissionais dos/das assistentes sociais e reforça que permanecerá caminhando lado a lado da população trans na luta pela superação da discriminação, pela defesa de sua dignidade e pelo respeito à sua identidade de gênero.