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CRESS Sergipe realiza live sobre a luta LGBT e os desafios no Serviço Social

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Para celebrar o dia 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, o Conselho Regional de Serviço Social 18ª Região (CRESS Sergipe) promoveu uma live nesse domingo, 28, pelo canal do YouTube do CRESS Sergipe, com o tema “Stonewall e a luta LGBT: Resistência, avanços e desafios no serviço social”. A live contou com a presença do historiador e presidente nacional da UNALGBT, Andrey Lemos; do conselheiro do CRESS/SE e militante LGBT, Felipe Oliveira; da Assistente Social do Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do IPq-HCFMUSP e ex-representante externa do CFESS no CNCD-LGBT, Liliane Caetano; e a conselheira do CRESS/SE e secretária da ASTRA, Maria Eduarda Marques.

O presidente da UNALGBT, Andrey Lemos, iniciou sua fala fazendo uma contextualização histórica (de Stonewall aos dias atuais), destacando como surgiu o movimento. “Ao longo da história da humanidade, a homossexualidade, a bissexualidade e a transsexualidade foram cultuadas e valorizadas em várias sociedades do mundo, mas, sobretudo, na idade média, com a ascensão e força do cristianismo, havia uma certa perseguição por parte da igreja, que colocam essas práticas sexuais como um pecado, em defesa das famílias tradicionais. De lá pra cá muita coisa mudou. A União Soviética foi o primeiro país do mundo a descriminalizar a homossexualidade logo após a Revolução Russa”, explicou o presidente da UNALGBT.

“Mas, infelizmente muitas pessoas LGBT foram mortas, sofreram penas de morte e de lá para cá tiveram muitas lutas para essas pessoas resistirem. Em 1969, surge o marco dessa luta, em Stonewall inn, em Nova York, num bairro controlado pela máfia e que sofria muita pressão do Estado através da polícia. Foi nesse local que as pessoas LGBT resolveram dar um basta, enfrentaram a polícia e houve uma semana de manifestação naquela comunidade. Por conta dessa manifestação a ONU reconheceu a data como o Dia do Orgulho LGBT, pois precisamos ter orgulho de sermos LGBT, só quando a gente se ama e se aceita que conseguimos lutar contra o que nos oprime”, enfatizou Andrey Lemos.

CFESS/CRESS na Luta LGBT

O conselheiro do CRESS/SE, Felipe Oliveira, destacou em sua fala os posicionamentos e normas do CFESS/CRESS na luta LGBT. “Em um dos princípios do código de ética que baseia o trabalho dos assistentes sociais diz que é preciso exercer o serviço social sem sofrer discriminação nem descriminar por questões de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física. Por isso, através do Conjunto CFESS/CRESS definimos alguns posicionamentos, pautas políticas e bandeiras de lutas ao longo desses anos. Uma das nossas bandeiras de luta é fazer a defesa para reconstruir uma sociedade em que não haja descriminação por orientação sexual e identidade de gênero. Também temos publicações que guiam nosso trabalho, como o CFESS Manifesta, que transmite manifestações de apoio em bandeiras de luta e na temática LGBT foi abordado o lançamento da campanha em 2006 ‘o amor fala todas as línguas – assistentes sociais na luta contra o preconceito’”, destacou Felipe.

Serviço social no direito LGBT

A assistente social Liliane Caetano, falou sobre a importância do Serviço Social como garantia de direitos LGBT. “O Serviço Social sempre é bem reconhecido por uma atuação intransigente em termos das garantias dos direitos, junto com os movimentos sociais, pautando o Governo Brasileiro, que há um ano, extinguiu o Conselho Nacional LGBT. Lembrando que essa não é uma luta só da população LGBT, é uma luta da sociedade e o serviço social faz um papel importante para que todos os direitos sejam garantidos”, disse Liliane.

Representação e ocupação política no CRESS

A conselheira do CRESS e secretária da Astra, Maria Eduarda Marques, falou sobre a sua trajetória e fez uma abordagem durante a live sobre a representação e ocupação política no CRESS. “Acho importante começar destacando que sou uma mulher travesti e gosto de me intitular assim porque as pessoas não entendem que esse termo está ligado há questão de militância, resistência e existência. O termo travesti só é utilizado aqui no Brasil, em outros países é utilizado o termo transexual ou pessoas trans. Precisamos mostrar o quanto é difícil para uma pessoa trans como eu, ter ocupações políticas e uma representação na sociedade, como, por exemplo, ter espaço na gestão do Conselho do Cress, que é uma grande satisfação para mim. Sabemos que pessoas travestis têm seus direitos legais na sua identidade de gênero, muitas das vezes as pessoas não aceitam o nosso nome social”, afirmou Eduarda, citando ainda que as pessoas trans não eram vistas como pessoas possíveis a ocupar cargos importantes na sociedade e por isso a importância da iniciativa de muitas dessas pessoas trans garantirem seus próprios espaços.

Gestão CRESS

A presidente do CRESS Sergipe, Dora Rosa, enfatiza que essa programação é mais um cumprimento à carta-programa na nova gestão do triênio 2020-2023. “Dentro das nossas bandeiras políticas fazemos programações com cursos, palestras e reuniões para defender os direitos da população, visando também contribuir com a capacitação dos nossos profissionais do serviço social”, salientou.


Live completa disponível aqui


Ascom/Cress-SE

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