O CRESS Sergipe, representado pela tesoureira Ana Carolina Trindade, participou do ato público unificado pelo Dia Internacional da Mulher, na última sexta-feira, 8 de março.
Marcado pela história como um dia de luta das mulheres, o Ato Público do dia 8 de março abordou, dentre outros tema, a violência contra a mulher, que tem crescido a cada ano. No ranking mundial de homicídios de mulheres o Brasil está em 7º lugar e no ranking nacional, Sergipe se encontra no 18º lugar.
De acordo com Ana Carolina Trindade, o CRESS já vem fazendo uma chamada para que os assistentes sociais nos seus locais de trabalho possam se articular com movimentos que pautem a luta das mulheres.
Ela também falou sobre as ações que devem ser debatidas entre a categoria. “Nós, enquanto conjunto CFESS/CRESS, temos deliberações árduas a serem cumpridas. A discussão em relação a descriminalização e legalização do aborto, por exemplo, é algo que os assistentes sociais precisam começar a discutir. Vai ser difícil devido ao histórico da profissão, mas é extremamente necessário. Outro ponto é ampliar e aprofundar a aplicação na íntegra da Lei Maria da Penha”, afirmou.
Participação masculina
E não só de mulheres se construiu a manifestação. A participação dos homens no Ato Público mostra que, aos poucos, eles começam a querer construir uma sociedade que respeite a mulher.
Para Henrique Maynart, participante da marcha e militante político, a luta feminista também precisa ser construída pelos homens. “É fundamental que o dia 8 de março seja um dia da luta de mulheres, mas que não seja um dia apenas de organização feminista. Os homens podem e devem contribuir para a construção de outra sociedade”, disse.
Carta de reivindicação
Durante o ato carta de Reivindicação também foi entregue à Câmara de Vereadores, representada pelo vereador Iran Barbosa (PT-SE).
Ana Cristina Oliveira, da Consulta Popular e do Levante Popular explica o conteúdo do documento. “Nós construímos um manifesto unitário com as organizações que estão presentes aqui. Nossa carta compreende vários pontos, como a violência contra a mulher, saúde publica, transporte de qualidade, educação, acesso à terra, direito a moraria e solicita que, de forma geral, as mulheres tenham seus direitos assegurados”, disse.
Entidades
Estiveram presentes no ato CUT, Psol, Pstu, PCB, Sintufs, CRESS, MST, Motu, Levante Popular da Juventude, Barricadas Abrem Caminhos, Sindisan, Catadoras de Mangaba, Casa das Domésticas, Catadoras de Mangaba, Consulta Popular, Sindipetro, Sindijus, Movimento Não Pago, dentre outros.