Com mais de 200 exemplares vendidos, o lançamento do Código de Ética do/a Assistente Social comentado, no dia 14 de maio em São Paulo (SP), trouxe para o Serviço Social brasileiro mais uma importante fonte de pesquisa, estudo e base para os debates sobre o fortalecimento e a materialização do Projeto Ético-político da categoria.
O evento, realizado no Teatro TUCA, da PUC-SP, pela Cortez Editora, contou com a presença das autoras do livro, a assistente social e professora da PUC-SP Maria Lucia Silva Barroco, e a assessora jurídica do CFESS, Sylvia Helena Terra, além da Coordenadora da Comissão de Ética e Direitos Humanos (CEDH) do CFESS, Marylucia Mesquita.
O livro traz o Código de Ética Profissional comentado em seus fundamentos sócio-históricos e ontológicos, as suas reais possibilidades de materialização na conjuntura atual. Tudo isso fundamentado em uma perspectiva de ética libertária e anticapitalista. Quem tiver interesse pode adquiri-lo diretamente na Cortez Editora, responsável pela venda da publicação.
“Esta publicação representa mais um instrumento para oxigenar o debate em torno de uma outra sociabilidade, sem exploração e opressão, e fortalecer a categoria dos/as assistentes sociais frente aos grandes desafios éticos cotidianos na afirmação do projeto ético-político profissional “, ressalta Marylucia Mesquita.
A professora Lucia Barroco enfatiza que, com esse livro, buscou explicitar os deveres éticos profissionais, enfatizando duas possibilidades de comportamento em face dos mesmos: o que busca a sua materialização, apesar dos limites presentes no trabalho profissional, e o que nega essa possibilidade, de forma consciente ou não. “Pretendi desmistificar a concepção que afirma que não é possível a objetivação da ética e da política nesta sociedade. Porque essa concepção niilista não contribui para o enfrentamento das contradições e para a criação de estratégias de resistência coletivas que deem suporte ao cotidiano, nessa conjuntura de avanço da barbárie. Creio que esse é o eixo do livro e minha mensagem para os (as) assistentes sociais. Temos por horizonte o devir de uma nova sociabilidade onde a ética possa se objetivar plenamente, mas estamos com os pés na realidade presente para alargar essas possibilidades, resistir às adversidades e construir o futuro”, explicou Lucia Barroco.
Para a assessora jurídica do CFESS, Sylvia Terra, o lançamento do Código de Ética comentado foi emocionante, porque representa um momento de confirmação do Projeto Ético-político profissional do Serviço Social. “Essa publicação confirma a exata dimensão dos princípios e normas ali contidos; e convida a adotar um padrão de conduta totalmente oposto à lógica do capital”, destacou a assessora.