A Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), o Conselho Estadual da Infãncia e da Adolescência (Cedca) e a Empresa Sergipana de Tecnologia da Informação (Emgetis) encerraram nesta terça-feira, 19, a capacitação dos Conselheiros Tutelares no Sistema de Informação da Infância e da Adolescência (Sipia). Criado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, o curso aconteceu no laboratório de informática da Emgetis e capacitou os conselheiros no registro de informações para subsidiar a formatação de políticas públicas para crianças e adolescentes. O coordenador de treinamento do Sipia, Antônio Carlos dos Santos, destacou que o sistema é importante por proporcionar aos gestores municipal, estadual e federal informações em tempo real para o planejamento de suas ações. “Com o Sipia, alimentamos o sistema com informações sobre a garantia e defesa dos direitos preconizados no Estatuto da Criança e do Adolescente através de um sistema nacional de registros. Assim, o Sipia ajuda a identificar as demandas sociais em tempo real, dando a precisão exata do que deve ser atendido”, frisou. Até o momento, 51 conselheiros tutelares de Aracaju e da Grande Aracaju foram capacitados no estado. Segundo o coordenador, é preciso enfrentar o crescimento da violência contra crianças e adolescentes, principalmente através do combate uso das drogas. “O crack é visto como grande causador de violência. Outro ponto que podemos destacar é o cuidado que os pais devem ter com seus filhos para que eles não fiquem nas ruas em vez de estarem na escola, que é o lugar de crianças e adolescentes”, acrescentou Antônio Carlos. Para Ivan Luciano Araújo, conselheiro tutelar do município de Itaporanga D’Ajuda, o Sipia traz grandes e boas expectativas na medida em que deverá facilitar a atividade nos Conselhos, além de gerar dados para a formulação de políticas públicas no setor. “A capacitação nos dá ferramentas para trabalhar com as autoridades, que terão a oportunidade de ter o controle dos casos que os Conselhos Tutelares atendem no dia a dia. Em Itaporanga, como nos demais municípios sergipanos, sentimos a dificuldade em relação as drogas que atormentam nossos jovens”, observou.