Os assistentes sociais de Sergipe inicialmente eram atrelados ao Conselho Regional de Assistentes Sociais – CRAS 5ª Região/Bahia. Era, então, na Bahia que estava consolidada a coordenação das funções disciplinadora e normatizadora da profissão.
O distanciamento físico constituía-se em um forte impeditivo à participação mais efetiva da categoria representada pela Delegacia de Sergipe, daí nasceu à necessidade de trazer para perto da base, em Aracaju, as discussões das questões profissionais e da sociedade. Por isso, foi realizada em Aracaju, em 14 de junho de 1983, na sede do CRAS, uma reunião extraordinária de diretoria da Delegacia de Sergipe, composta pelos assistentes sociais Ana Virgínia Araújo (delegada); Martha Christine Aguiar Tavares (tesoureira); Noêmia Silva Santos, Débora Galdina dos Santos e Renildes Gama Brito (conselheiros suplentes). A reunião contou também com a participação dos assistentes sociais: Luís Alberto dos Santos (membro do conselho fiscal do CFAS) e Maura Emília Bispo (representante de base).
Nesta foi discutido e aprovado o processo de transformação de Delegacia em Conselho Regional de Assistentes Sociais de Sergipe, o que viabilizaria os processos decisórios e debates locais, contribuindo, certamente, para o processo organizativo dos assistentes sociais de Sergipe. Imbuídos desse propósito, alicerçados pelo princípio da emancipação, os assistentes sociais sergipanos, através dos seus representantes na Delegacia Seccional de Sergipe, solicitaram ao Conselho Regional da 5ª Região/BA e ao Conselho Federal de Assistentes Sociais CFAS o desmembramento para o qual, julgada a razoabilidade dos motivos expostos, foi aprovada e, através da resolução do CFAS n° 171/83 de 26 de agosto de 1983 foi criado o Conselho Regional de Assistentes Sociais da 18ª Região.
Em 17 de setembro de 1983, no auditório do Senai, em Aracaju, foi realizada a reunião extraordinária do CRAS da 5ª Região e a Delegacia de Sergipe, com objetivo de discutir o processo de desmembramento da Delegacia e a formalização da instalação do CRAS 18ª Região Sergipe, conforme previsto na resolução CFAS 171, de agosto de 1983, e a indicação da diretoria provisória que encaminharia os processos de desmembramento e gerenciamento da entidade até a posse da diretoria eleita pelo voto direto em 15 de maio de 1984.
A reunião contou com a participação da presidenta do CRAS 5ª Região, Julia Damiana de Souza Nascimento e do Presidente do CFAS, Jorge Gilberto Krug. Nesta reunião foram indicados e empossados para a diretoria provisória os Assistentes Sociais: Ana Virginia Araújo (presidenta), Martha Christine Aguiar Tavares (secretária), Noêmia Silva Santos (tesoureira), Débora Galdina dos Santos, Renildes Gama Brito, Maria Cristina Almeida de Aboim (conselheiras e suplentes).
Lista de Presença dos Assistentes Sociais e convidados ao ato de instalação do CRAS – 18ª Região/Se, em 17 de setembro de 1983, no auditório do SENAI, em Aracaju-SE. Maura EmiliaBispo, Isaura Lucia da Fonseca Sobral, Telma Mendes Costa, Gilda Santos Pinto, Germin Silva Matos, Carmen Machado da Costa, Raudete Gomes Bispo, Nilda Correa dos Santos, Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves, Neilza de Oliveira Mangueira, João Bosco Seabra Santos (in memorian) Lucineide Maria Fagundes, Nadja Leite Diniz, Cezario Pereira de Melo, Ana Maria Santos Rollemberg Cortes, Kátia Maria Campos de Oliveira (in memorian), Marta Regina Gonçalves Correa, Neusa Josena Sales, Maria Gleuza A. de Silveira (representante da Delegacia do Trabalho/Se), Suely Gonçalves Magalhães, Gildete da Silva Araújo, Raimunda Dória de Carvalho, Berenice dos Santos, Marlene Rocha Silva Santos, Eliana Marcos dos Santos, Maria Elisa da Cruz, Luciano F. Souza, Ana Maria do Nascimento Santos, Josefa Farias Ribeiro Souza, Isabel Carvalho Matos, Elenaura Machado Rodrigues, Alberto Costa de Oliveira, Adalberto Rodrigues Santos, Ivana Maria Dias, Walter Santos, Lúcia Fátima dos Santos, Célia Maria Dias Rabelo, Eliana dos Santos, Hilda Rabelo Santos, Yara Maria F. Brasil, Maria Céu Dias Rabelo, Antonio Costa, Sebastião Goldin da Silva.
Com a criação do CRAS 18ª Região/Sergipe foi necessário o cumprimento das exigências do processo de transição de Delegacia para Conselho, quais foram: fixar sede, estruturar as rotinas administrativas do CRAS, bem como a organização do cadastro dos assistentes sociais sergipanos que passariam a ter novos números de registros, além de iniciar a mobilização dos assistentes sociais para o debate das demandas profissionais, das questões do cenário sergipano e da sociedade. Em 1984, assume a gestão do CRAS a diretoria eleita pelo voto direto dos Assistentes Sociais, tendo como presidente a Assistente Social Marta Regina Gonçalves Correa (1984-1987), que se desencompatibizou em novembro de 1984, assumindo a presidência a Assistente Social, Gilda Santos Pinto.
Além destas, presidiram o CRESS 18ª Região/SE: Telma Mendes Costa (1987-1989); Marluce Rocha Falcão (1990-1993) que se desencompatibilizou e assumiu a presidência a Assistente Social, Ana Lúcia Sena de Lima (in memorian); Ana Virginia Araújo (1993-1996); Maria Auxiliadora de Oliveira Rosa (1996-1999); Josiane Soares Ribeiro (1999-2002); Laura Bezerra de Menezes (2002-2005), que renunciou em 2004 e assumiu a presidência a então vice: Marta Maria Gama Bispo de Santana. Com a aprovação da nova lei de regulamentação da profissão N° 8.662, de 07 de junho de 1993, é modificada a nomenclatura das entidades CFAS para CFESS – Conselho Federal de Serviço Social e de CRAS para CRESS – Conselho Regional de Serviço Social, com as funções precípuas de normatizar, orientar, defender e fiscalizar o exercício profissional.
O conjunto CFESS/CRESS está historicamente ligado à defesa da criação e ampliação das políticas públicas, do controle social como instrumento de participação democrática e consolidação da democracia e da cidadania.